16 de Junho de 2020
Próximo passo será estudar medidas específicas para municípios de pequeno porte e para as microrregiões
Na manhã desta terça-feira (16/06), a Federaminas organizou
a live "As atualizações da Secretaria de Saúde e seus impactos nos negócios de
Minas" com a participação do secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral Pereira
da Silva. O debate foi conduzido pelo presidente da Federaminas, Valmir
Rodrigues, e o diretor jurídico da entidade, Carlos Alberto Moreira Alves.
O secretário anunciou que o Governo já estuda medidas
específicas para cidades de pequeno porte - até 5 mil habitantes - e para as
microrregiões, levando em consideração o número de casos de COVID-19 e a
capacidade de atendimento hospitalar. Carlos Eduardo explicou que, num primeiro
momento, ao estruturar o programa Minas Consciente, o Governo considerou as
macrorregiões, e que um próximo passo será avaliar o caso de pequenos
municípios.
"O Minas Consciente fez, num primeiro momento, um estudo
detalhado das 14 macrorregiões do Estado, pois sabemos que quem vai arcar com o
desequilíbrio de uma microrregião será a estrutura de saúde da macrorregião. Agora,
estamos querendo pensar uma lógica para cidades pequenas, de até 5 mil
habitantes, e pensar nas microrregiões. Estamos com um olhar atento para as
microrregiões e cidades menores porque elas têm comportamentos diferentes",
afirmou.
Isolamento social e cuidados na prevenção devem ser mantidos
Mas o secretário deixou um alerta: como a transmissão da
COVID-19 já se tornou comunitária no Brasil, não existe cidade que não tenha o
vírus, mesmo aquelas que não têm casos registrados. Todos os municípios devem
se manter vigilantes, mesmo que não tenham nenhum caso. Segundo o secretário,
essa sensação de segurança não existe, pois estamos num momento de piora da
pandemia, com aumento expressivo do número de casos e a previsão do pico da
doença para os dias 10 e 11 de julho.
"O Governo tem buscado o equilíbrio para não agir com
excesso de rigor, pois entendemos que as pessoas precisam trabalhar. Procuramos
caminhar dentro de uma razoabilidade com o Minas Consciente, mas não adianta
fechar os olhos para a gravidade do problema de saúde", disse. O secretário
ainda explicou que, com base em estudos científicos em todo o mundo, se o
sistema de saúde entra em colapso, a economia demora mais a se recuperar.
Portanto, o que deve ser evitado é a explosão de casos e a sobrecarga do
sistema de saúde, inclusive para o próprio bem da economia e da sua futura
recuperação.
Uma das dúvidas levantadas por participantes da live é sobre
o porquê de um prazo de 21 dias para se alterar os protocolos de flexibilização
das atividades econômicas no programa Minas Consciente. O secretário esclareceu
que o ciclo da COVID-19 é de uma semana e que só é possível mensurar o aumento
de casos nas próximas duas semanas, quando se tem dados consolidados da
transmissão. "Depois desses 21 dias é possível computar quantas pessoas ficaram
doentes e quais vão precisar de cuidados hospitalares", explicou.
O presidente da Federaminas agradeceu a disponibilidade do
secretário de Saúde por participar da live e esclarecer as dúvidas dos
associados e reforçou a preocupação da entidade com a saúde e vida das pessoas,
mas também com a crise econômica que tem feito muitos empresários fecharem as
portas de seus empreendimentos. "Seguimos buscando alternativas seguras para a
retomada das nossas atividades conciliando com todos os cuidados com a vida das
pessoas", concluiu Valmir Rodrigues.