20 de Janeiro de 2020
À exceção das atividades econômicas ligadas ao turismo, o comércio
nacional deve ter neste ano prejuízo de cerca de R$ 19,6 bilhões com os
feriados que caem em dias úteis, 12% a mais que as perdas registradas em
2019, que ficaram em torno de R$ 17,4 bilhões. A estimativa foi
divulgada nesta sexta-feira (17) pela Confederação Nacional do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A entidade diz que os feriados em
dias úteis reduzem o nível de atividade do comércio que, por outro lado,
pode enfrentar aumento dos custos de operação.
De acordo com o economista da CNC Fabio Bentes, por causa das horas
extras que têm de ser pagas aos empregados, a folha de pagamento é a
principal fonte dos prejuízos impostos ao comércio pelos feriados. "O
peso relativamente elevado da folha de pagamentos na atividade comercial
acaba comprimindo as margens de operação do setor” por causa do
fechamento das lojas, ou da diminuição do fluxo de consumidores, disse
Bentes. Ele acrescentou que isso acaba ocorrendo mesmo que as vendas
sejam parcialmente compensadas nos dias imediatamente anteriores ou
posteriores aos feriados.
Bentes destacou que o único feriado que não impactará o setor do
comércio é o da Proclamação da República, em 15 de novembro, que cairá
em um domingo.
Segundo a CNC, cada feriado diminui a rentabilidade média do setor do
comércio, incluindo varejo e atacado, em 8,4%. Para os segmentos de
hiper e supermercados, lojas de utilidades domésticas e de vestuário e
calçados, que respondem, juntos, por 56% do emprego no varejo nacional,
as taxas de perdas mensais atingem11,5%, 11,6% e 16,7%, respectivamente.
Os estados que tendem a concentrar 57% das perdas estimadas são São
Paulo (menos R$ 5,62 bilhões), Minas Gerais (-R$ 2,09 bilhões), Rio de
Janeiro (-R$ 2,06 bilhões) e Paraná (-R$ 1,42 bilhão).
Fonte: Agência Brasil
Foto: Almeida Junior