18 de Novembro de 2020
A Federação das
Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais - FEDERAMINAS, sempre
em defesa do empresariado mineiro, enviou esta semana um ofício ao Governador
de Minas e à Secretaria de Saúde e Desenvolvimento Econômico do Estado, pleiteando
a retomada de repasses de verbas para manutenção de leitos clínicos e UTIs
extras para atendimento a pacientes de Covid-19 em cidades-polo.
Nos últimos meses,
houve um aumento significativo de demanda de pacientes com COVID-19 vindos de
outros municípios, que lotam os leitos normais destinados às cidades-polo. Na capital mineira, por exemplo, segundo a Saúde
municipal, as cidades com maior número de pedidos para internação em Belo
Horizonte são Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Contagem, Vespasiano, Sabará e Caeté.
No caso de
Montes Claros, referência para o atendimento de média e alta complexidade de 86
cidades do entorno no Norte de Minas, a cidade também recebe pacientes de fora
do estado, especialmente de pequenos municípios do Sul da Bahia. Esse mesmo
movimento se repete em outras cidades que possuem mais estrutura e que recebem,
diariamente, pacientes de municípios ou até mesmo estados vizinhos.
Para complicar
ainda mais a situação, a Secretaria de Saúde do Governo do Estado encerrou os
convênios de repasses de verbas para o combate à pandemia. Essa decisão causou
grandes dificuldades econômicas para a manutenção de leitos nas cidades-polo,
que ainda estão tentando atender, de forma restrita à comunidade, graças a
recursos municipais.
Com base nessas
informações, a Federaminas entendeu que a intervenção se fazia urgente
e necessária devido ao quadro de maior recessão, que começa a se desenhar com reflexos negativos para essas cidades e
para o comércio local, uma vez que se cogita a possibilidade de um novo
fechamento dos negócios.
Sem as verbas estaduais, os
moradores das cidades-polo e os empresários locais se sentem cada vez mais
vulneráveis e veem com apreensão o avanço da pandemia e a pressão que vem de fora sobre
seus sistemas de saúde,
necessitando, portanto, de apoio e
auxílio do governo estadual.
A grande
preocupação agora é, caso a saúde desses municípios de referência não suporte a
sobrecarga de demandas, o colapso virá nos polos da saúde em Minas Gerais e,
consequentemente, acarretará impactos negativos tanto para a saúde da população
quanto para a economia local.
Por essa razão,
a Federaminas aguarda um posicionamento das autoridades estaduais e espera a
rápida retomada dos repasses de verbas para manutenção de
leitos clínicos e UTIs extras para atendimento a pacientes de Covid-19 em
cidades-polo, garantindo, assim, o equilíbrio entre a preservação da vida e a
manutenção do ciclo produtivo e econômico por meio das políticas públicas
estaduais.
Assessoria de Imprensa Federaminas