11 de Outubro de 2018
Pesquisa feita pela
Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) mostra
os resultados da retomada do Empreender,
que durou de 2015 a 2017. Participaram da avaliação 1.774 empresários de Minas
Gerais, Bahia, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Pernambuco, estados envolvidos
nessa etapa, evidenciando o sucesso e os benefícios do programa.
O coordenador executivo da
CACB, Carlos Rezende, explica como esse estudo beneficia indiretamente o
empresário na ponta: "Percebemos que os resultados foram obtidos mais
rapidamente do que em versões anteriores. Isso nos permite estudar melhorias
para as futuras edições do projeto e aumentar a qualidade dos resultados
percebidos pelos empresários".
Perfil
- A
pesquisa incluiu questões pessoais, como gênero e grau de escolaridade, com a
proposta de traçar um perfil dos empresários participantes. Em relação a
gênero, 56% são do sexo feminino. O resultado mostra que as mulheres têm
encontrado no Empreender ambiente
favorável para o desenvolvimento de seus negócios e realça o fortalecimento do
papel da mulher empresária na economia.
O DataSebrae, plataforma
criada para apoiar os pequenos negócios com informações relevantes sobre o
mercado, em 2014, estimou que apenas 32% dos empreendedores do País são
mulheres, ou seja, o Empreender quebra esse padrão, apresentando uma média de
mulheres maior do que de homens empreendedores.
Outro ponto revelado na
pesquisa foi em relação à escolaridade dos participantes: 25% dos empresários
responderam possuir bacharelado. Comparando com a média nacional, na qual 16%
dos empresários afirmam ter o ensino superior incompleto ou mais, o Empreender
mostra um alto grau de escolarização de seus participantes e colaboradores, o
que influencia no sucesso de estratégias e planos de ação implementados.
Segundo dados do DataSebrae de
2014, a taxa de sobrevivência média das empresas é de dois anos. O tempo de
vida médio das empresas participantes é de 11 anos, o que demonstra que as
vinculadas ao Empreender já passaram dessa fase crítica e buscam fortalecer seus negócios, não apenas a perenidade.
O Empreender foi avaliado de
forma positiva. Em todos os estados participantes, mais de 70% dos empresários
disseram ter havido melhoria na qualidade dos produtos e serviços ofertados. O
programa trabalha, com eficiência, os aspectos técnicos das MPEs brasileiras
nos mais diferentes aspectos, desde o empoderamento feminino até a melhoria de
produtos e serviços. Isso gera um impacto municipal, estadual e setorial",
destaca o estudo.
A avaliação média dos
empresários foi de 8,4 pontos, sendo que as notas variavam de 0 (zero), como
"muito insatisfeito", a 10 (dez), como "muito satisfeito", sendo a maior
porcentagem de respostas a de nota máxima.
Os empresários que afirmaram
ter obtido lucro relataram uma porcentagem maior que 15% em todos os estados.
Pernambuco é o que está à frente na pesquisa, apresentando dados que apontam
aumento na produtividade.
Além disso, houve crescimento
no número de clientes e ampliação do mercado de atuação. Em sua maioria, as
empresas afirmam ter tido melhoria dos negócios localmente, o que realça a
importância do programa para melhoria da economia de cada município.