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Federaminas manifesta apreensão com tarifa de importação dos EUA e defende diálogo como caminho para proteger pequenas empresas brasileiras

28 de julho de 2025 - 16:24

A Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Minas Gerais (Federaminas) manifesta profunda apreensão diante do anúncio de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, com previsão de entrada em vigor a partir de 1º de agosto pelos Estados Unidos.

A medida, que atinge diretamente o setor produtivo nacional, impõe riscos especialmente às micro e pequenas empresas, que já enfrentam desafios estruturais, burocráticos e logísticos. A aplicação dessa tarifa, se concretizada, poderá inviabilizar operações de exportação, comprometer empregos e agravar ainda mais o ambiente de negócios no Brasil.

Minas Gerais é o segundo maior estado exportador do país , com forte presença de micro e pequenas empresas nas cadeias produtivas, especialmente nos segmentos de alimentos e bebidas, metalurgia, moda, móveis, insumos agrícolas e manufaturas diversas. Em 2024, o estado exportou mais de US$ 44 bilhões , sendo os Estados Unidos o segundo principal destino das exportações mineiras, atrás apenas da China.

Esses números demonstram que um tarifaço dessa magnitude afetará diretamente a economia mineira. Além disso, as micro e pequenas empresas representam mais de 90% do total de empresas ativas em Minas Gerais, e são responsáveis por cerca de 60% dos empregos formais no estado.

“O associativismo tem o dever de agir. Precisamos discutir e encontrar uma solução. Essa medida, nesses moldes, não se sustenta a longo prazo e pode levar a um colapso comercial entre países parceiros. É fundamental que se busque o adiamento e, sobretudo, o diálogo entre os governos, com foco no interesse coletivo e não em agendas particulares”, afirma Valmir Rodrigues, presidente da Federaminas.

A Federaminas reforça a necessidade de ações coordenadas entre o setor público e a iniciativa privada para evitar consequências mais graves, como a elevação da inflação, o aumento da taxa de juros e o fechamento de postos de trabalho. Caso o tarifaço seja mantido, será urgente apoiar as empresas mineiras na reestruturação de seus fluxos produtivos e comerciais, além de acompanhar de perto os efeitos em cada região.

O momento exige serenidade, escuta ativa e mobilização. A Federaminas seguirá atuando firmemente na defesa dos interesses do setor produtivo e na busca por caminhos que garantam segurança econômica e estabilidade para os empreendedores mineiros.

Valmir Rodrigues da Silva
Presidente da Federaminas

 

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